Abstração e diáspora no Brasil
Atividade: Curso de curta duração

Ano: 2024 

Local: Centro de Pesquisa e Formação - Sesc São Paulo


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Colaboradores: Yudi Rafael

A proposta desse curso é analisar o fenômeno do abstracionismo no Brasil por meio de uma perspectiva diaspórica, considerando o papel de artistas afro-brasileiros e nipo-brasileiros na expansão da linguagem artística através da incorporação em sua produção de repertórios culturais não europeus. Veremos como esses repertórios se conectam a diálogos globais na arte do período, ao mesmo tempo em que são articulados a partir das experiências situadas desses artistas nos contextos culturais, sociais e políticos locais. A produção abstracionista, principalmente no período pós-guerra, ganha corpo e visibilidade, além de consagração, tornando-se objeto de discussão acalorada sobre os caminhos da produção artística. A renovação do meio artístico brasileiro qualifica e diferencia as duas grandes vertentes dessa produção, a informal e a geométrica, assim como reverbera suas transformações e movimentações.



Encontro 1 - Núcleos documentais sobre abstração e diáspora

O primeiro encontro tratará dos objetivos do curso e do contexto de sua criação, surgida do exercício curatorial de realização dos núcleos documentais na exposição A parábola do Progresso (2022). Um grande painel apresentou de maneira não-linear referências artísticas e trajetórias individuais e coletivas e outros nomes cruciais para a discussão sobre os sentidos da abstração.


Encontro 2 - Abstração informal-diaspóricaO segundo encontro terá como assunto a abstração informal de artistas nipo-brasileiros no contexto da relação entre abstração e caligrafia e da difusão do zen no continente americano do pós-guerra. Abordaremos as produções e trajetórias de artistas como Manabu Mabe e Tomie Ohtake em diálogo com as práticas de artistas asiático-diaspóricos como Kazuya Sakai e Bernice Bing.




Encontro 3 - Abstração geométrico-diaspóricaA abstração geométrica e seus desdobramentos serão o foco do terceiro encontro. Em especial, abordaremos as trajetórias afro-diaspóricas de Rubem Valentim, Almir Mavignier,, Emanoel Araújo, Edival Ramosa.



Encontro 4 - Outras abordagens curatoriais dos abstracionismos afro-asiáticosO último encontro visa ampliar as principais questões tratadas nos encontros anteriores, a partir de um ponto de vista curatorial e das histórias das exposições. Serão apresentadas mostras individuais e coletivas que propuseram diferentes abordagens e interpretações para os abstracionismos diaspóricos tratados no curso.